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ENTREVISTA A ALONSO CAXADE. SOCIO Nº 214

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3 abril 2014

-Caxade atópase agora mesmo xirando e presentando o seu disco “ A dança dos moscas” por toda Galicia, esgotouse a primeira edición e houbo que encargar outra tirada. Esperabas este resultado dun disco autoeditado?

Nom o esperaba, nom. É certo que desde que publiquei o primeiro vídeo-clipe, aínda sem banda à vista, notei como pouco a pouco a gente colhia este projecto da mão e o enchia de estima, dando-lhe mais e mais ânsia e força. Graças a ese apoio do público é que hoje existe umha banda CAXADE com o seu primeiro disco gravado em menos dum ano de vida do projecto. Con todo e, como digo, notando esse carinho por parte do público, nunca contei com que se esgotase a tirada no primeiro mês

-Ademais de poder mercar o disco nos concertos ou en tendas nas que distribúe o selo cooperativo “Discos da Máquina”, pódese mercar na rede en Bandcamp ou na web do grupo. Como responde o público pola internet? Compensa máis colgar o disco ou a edición tradicional?

Ainda que me surpreende a grande cantidade de descargas on-line (o que fai ver que a distribuçom e consumo musical cambiou de forma clara) no que tem a ver com as vendas, compensou mais a ediçom física. Con todo, também há que valorar a publicaçom on-line nom só polas descargas, senom polas escoitas (disponível em mais plataformas como Grooveshark, Spotify...) É difícil calcular se se escoitou mais a ediçom fisica ou digital, mais nom devem andar mui distantes.

-Para a creación desta banda fixeches o traballo á inversa do que é habitual: primeiro os videoclips e logo a banda. Que che impulsou a traballar deste xeito nesta ocasión?

Nom tinha alternativa. Aínda que levo anos tocando em grupos, som umha pessoa desconhecida na música e a gente está mui ensarilhada como para meter-se numha nova lea na que nom sabia como ia acabar. Quando publiquei o primeiro vídeo, nom sabia se ia sair um segundo ou rematar todo (esta situaçom de inestabilidade continuou assim até o primeiro concerto, até que se viu o grupo). Assim, preferim criar o interesse e a espectativa no público fazendo pequenos lançamentos do projecto em video-clipe, para logo chegar a tocar ao vivo com banda, tal como era o meu interesse desde o princípio.

-A lingua das cancións é o galego reintegrado, atopaches algún problema por ter escollido esta opción?

Pois nom. As mesmas que cantando en qualquer outro idioma ou opçom ortográfica. Se cadra, ao contrário: noto que cada vez mais pessoas tenhem simpatia por apoiar-se na ortografia galega dos nossos antepassados, para colher impulso cara um futuro idomático melhor.

-Está nos teus plans o salto aos escenarios do resto da península ibérica? É complicado xestionar e conseguir actuacións fóra de Galicia?

É difícil. Aínda nom o estamos tentando, já que prefiro pouco a pouco fazer deste projecto algo firme para que seja duradoiro, mas suponho que predicar fora da casa é dificil. Espanha é um Estado ferozmente centralizado que nom admite as diferenças e critérios díspares, nom só a nível governamental, também no popular. Sobre Portugal, como os galegos nos empenhamos em ver só as diferenças, tratam-nos como se vinhesemos de Madrid, e aínda há gente que se estranha disso.

-Nos teus concertos moitas persoas saímos coa seguridade de que un futuro mellor é posible. Fica moi lonxe?

Que bem sair dum concerto com essa seguridade! É imprescindível ter esperança. Dar todo por perdido só serve para facilitar-lhes o trabalho à gente pota, ao poder, e também para tornar mais gris a nossa existência. Temos que fazer um trabalho de formigas: pouco a pouco e em equipa. Aínda que mui a longo praço, verá-se o resultado. Fazer sempre foi mais difícil de desfazer. A gente pota só pensa em desfazer, por isso obtem resultados visíveis de modo mais imediato.

-Que che moveu a facerte socio de Músicos ao Vivo?

Que é necessário fazer grémio, fazer equipa, como antes falavamos. O trabalho que fai a associaçom e de claro impulso da dignificaçom e respeito cara o ofício de músico, como se fosse um sindicato. Por outra parte, nom é menos importante que também serve como um encontro e convívio entre pessoas que compartimos interesses comuns. É terapia da boa.

-Que desentoa para ti no panorama musical  actual ?

A falta de apoio institucional. Os poucos e escasos recursos que dam à cultura, e por tanto à música, estám manchados dumha moral implícita que é devastadora: que a cultura nom se sostém por si soa, que é um sector deficitário, que nom sabemos viver sem subvençons… E abafados por esta demagogia, nom nos surpreende (nom falo só dos músicos, senom da cidadanía em geral) que se invistam grandes cantidades de dinheiro em sectores e empresas privadas, em benefício duns poucos sócios capitalistas. A cultura é um bem público, e por tanto de todos.

Galiza é um país de músicos, de grande criatividade e iniciativa musical e cultural. Há moitos e moi bons projectos. Como é possivel que nom haja um verdadeiro apoio institucional para fazer disso umha indústria?

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